sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Projeto verão dia 30

Atualizando o projeto verão. Dos quatro textos que programei para o dia 29 li apenas 1, mas li um outro que não estava na lista. 25% de aproveitamento está uma média muito baixa.

Para o dia 30 pretendo ler:

* Não ao texto, sim ao livro
* Capítulo 2 do Peter Hunt
* Do livro Mediação de Leitura, quero muito ler os seguintes textos:
- O leitor vital e o leitor de massa
- Mediação leitora: do blog ao livro
- O legado da literatura
- A televisão
- Leitores iniciantes
- A televisão e a formação de jovens leitores

É claro que não vou conseguir ler isso tudo amanhã, mas eu precisava registrar isso em algum lugar e nao encontrei meus marcadores de pagina (hihihi). Se eu ler um desses já esta ótimo, difícil vai ser escolher qual)

A leitura literária diante da visão moderna de progresso

Mais resumo do que resenha dessa vez. Artigo de Marcelo Chiaretto publicado no livro Literatura e letramento: espaços, suportes e interfaces, de Aparecida Paiva (orgs) (Livro 4, para aqueles que, iguais a minha humilde pessoa, se recordam mais facilmente dos números do que do nome propriamente dito)

O autor abre seu texto com uma crítica as editoras e suas estratégias, que procuram textos "acessíveis, fáceis, que a todos agradariam". Antes de prosseguir em seus argumentos, ele faz uma pequena pausa para discutir o termo letramento literario - "procedimentos geradores e capacitadores da apropriacao do mundo da escrita literaria pelos leitores vistos em todos os níveis, seja aluno, seja professor, sejam sobretudo os indivíduos inseridos precariamente nos círculos de educação formal"(pag 235)

Voltando a vertente principal do artigo, o autor se pergunta: qual é a lógica do consumo na imprevisibilidade dos sujeitos? Ele afirma que existe uma necessidade das editoras de organizar o caos e tornar os sujeitos previsíveis e disciplinados.

Baseado em estudos de um grupo de pesquisa, em especial relacionados a biblioteca escolar, ele mostra um panorama das publicações. Livros que tem entre 100 e 120 páginas, textos predominantemente em diálogos, tramas novelescas sem densidade significativa, grande uso de desenhos e cores, temas sociais superficiais, finais sempre satisfatórios e felizes. Além disso, ele cita a marginalização das obras clássicas. que chegam inclusive a serem adaptadas, recicladas ou condensadas.(pag 237)

De um lado temos a banalização e de outro temos a livros que não promovem o letramento literário. Os livros são "fabricados por editoras de acordo com a moda dominante do momento"(pag 138). Basta observar os inúmeros livros sobre vampiros que chegaram as livrarias depois do sucesso de Crepúsculo. 

Diversas vezes ele usa o termo literatura de entretenimento e o resto do texto se estende por essa crítica as editoras e suas estratégias.

Achei esse parágrafo bem esclarecedor, pois mostra a visão do autor sobre o que os livros devem promover:

"É fundamental dessa forma enaltecer  os bons livros, ou melhor, os livros que corroboram uma noção de literatura como convite ao prazer, ao mesmo tempo que convite ao pensar consoante uma inter-relação texto/leitor que seja realmente produtiva, instrutiva e crítica. Da mesma maneira, é indispensável travar ou mesmo dificultar a propagação daqueles livros que circulam seguindo na corrente do marketing editorial, evidenciando a linguagem literária como algo de percepção instantânea, de gosto imediato e descartável, pragmática, independente do leitor, que torna claro o descompromisso com a literatura enquanto arte da palavra intercomunicativa." (pag 241)

Achei o texto interessante e mostra o claro jogo que as editoras promovem. Nos faz refletir sobre a produção literária e os livros que estão sendo produzidos.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Projeto verão dia 29/12

As metas estabelecidas para o dia de amanhã são:

1- Livro 4 (Coleção Literatura e Educação). Leitura, escrita e literatura
2- Livro 4. Margeando
3- Livro 4. A leitura literária
4- Algum texto do mesmo livro parte I

Pouca coisa ne?

Agora vou terminar o primeiro capítulo do Peter Hunt.

Letramento literário e livro didático da lingua portuguesa: "os amores difíceis" de Egon Rangel

Agora com o projeto verão começando a engrenar, pretendo colocar aqui no blog pequenas resenhas/resumos dos textos que estou lendo. O primeiro texto é de Egon Rangel e o título é o do post. Falta uma revisão da minha parte, mas basicamente é isso ai. Para encontrar o texto:

Aparecida Paiva (org) Literatura e Letramento: espaços, suportes e interfaces. Belo Horizonte, 2005 (preguiça de fazer bibliografia decente)

O objetivo do texto é discutir a relação entre leitura, literatura e o livro didático de português, sob o ponto de vista do letramento e do lugar  PNLD. 

O Autor participa de um projeto que auxilia os professores na  Escolha qualificada e uso critico do livro didático. "Pretende indicar alguns percalços que é preciso evitar e outros tantos pré-requisitos básicos que devem ser preenchidos para que o LDP possa desempenhar adequadamente esse papel" (livro didático como mediador da literatura). 

Egon Rangel começa seu texto afirmando que a leitura tem sido, de maneira geral, tratada de duas formas. Primeiro como um fenômeno cognitivo, pois são necessárias competências e habilidades para se tornar um leitor pleno. Outra maneira de se ver a leitura é como um fato histórico natural, ou seja, um resgate a certos autores, obras, gêneros e etc. A singularidade dos sujeitos não ocupa o centro da questão.

Em seguida o autor discute o termo letramento:

a) "o conjunto das formas pelas quais determinada cultura ao mesmo tempo da uma existencia social e se serve da escrita, atribuindo-lhe diferentes sentidos e diferentes funções"(pag 130)

b) " os valores - inclusive éticos e estéticos - em nome dos quais a escrita participa da vida social, assim como os diferentes graus de intensidade dessa participação"

c) "os padrões diferenciados de distribuição e circulação social da escrita"

d) " os diversos padrões e a intensidade variada com que a escrita participa do cotidiano e do imaginário dos sujeitos.

Nessa abordagem, é "necessário perceber a leitura como uma articulação entre as funções da escrita, valores a ela associados, formas de existência e de circulação social dos textos, efeito de sentido decorrentes dessas condições e implicações subjetivas para os sujeitos" (pag 131).

Ele lembra que para muitos brasileiros o livro didático tem sido quase que exclusivamente o único acesso a ao mundo da escrita e que, portanto, ele é indissociável das nossas concepções de leitura, de literatura e de cultura letrada. Ele afirma que os problemas metodológicos apontados por Marcuschi na condução das atividades de leitura são co-responsáveis pelas inadequações e deficiências de leitura apontadas por avaliações oficiais como SAEB e PISA, além das dificuldade pessoais.

Aponta um quadro da leitura atualmente: de um lado, temos os livros produzidos por um grupo restrito de pessoas, com uma pequena tiragem e uma pequena circulação. Do outro lado, lê-se em poucas ocasiões e com objetivos mal definidos, com a compreensão prejudicada pela falta de entendimento. 

Ele também afirma que o trabalho com a diversidade de gêneros e tipos textuais diferentes prejudicou o texto literário.

A formação do leitor literário visa "formar um leitor para quem o texto é objeto de intenso desejo, para quem a leitura é parte indissociável do jeito de ser e de viver". (pag 138)

E a relação com a escola? "Soares e outros pesquisadores já diagnosticaram que a escola e o LDP têm significado um tropeço na apresentação do mundo da escrita á criança e um veto a fruição na leitura e à formação do gosto literário" (pag 138) (Texto da Magda Soares: A escolarização da leitura infantil e juvenil; In: A escolarização da leitura literária. Aracy Evangelista).

O autor afirma que o texto literário é indispensável para o ensino/aprendizagem da leitura e da escrita e que não deve ser vetado ou minimizada em virtude dos outros gêneros trabalhados na escola.

De acordo com o autor, é preciso que os LDP marquem no próprio livro a dimensão constitutiva dos cânones e das tradições literárias, cuidando para que a seleção dos textos não seja meramente didática, mas também com critérios relacionados à relevância e ao significado literário dos textos e de seus autores. "Iniciação programada aos cânones literários; é necessário estabelecer por onde começar, os caminhos a serem percorridos, as obras e autores imprescindíveis, as abordagens mais adequadas." (pag 140) 

Considero essa ponderação do autor muito radical. A idéia de linearidade literária me parece tão incorreta. É importante que aconteça uma seleção dos textos a serem trabalhados na livro didático, e essa seleção deve ser criteriosa e atender aos objetivos propostos, mas fazer tudo isso para a leitura de cânones literários me parece um desperdício de tempo. As pessoas devem ler o que elas querem, o que lhes convêm, o que for de seu interesse, e não ler apenas porque é um clássico, ou por que o autor fulano de tal é muito conhecido. Isso pra mim é ser show off, querer se mostrar para os outros. Não quero desmerecer os clássicos, mas que isso se torne o objetivo central do letramento literário me parece uma pretenção enorme, uma desconsideração da individualidade dos sujeitos, como se todos fossem programados para gostarem das mesmas coisas, na mesma intensidade.

Em seguida o autor apresenta um pequeno resumo das considerações que Soares faz em seu texto já mencionado. Ela cita as inadequadas escolarizações da leitura literária. Recomendo ler o texto, que é muito bom. 

É importante fazer um resgate da literatura. Se o texto é uma paródia, deve-se procurar o texto original, se faz referências a outros livros ou textos, é necessário que eles  sejam mencionados ou explorados na sala de aula. Para o autor, apenas dessa maneira será possível formar um verdadeiro leitor.

O autor considera que uma parte essencial do trabalho é a escolha adequada do livro didático e o planejamento para o melhor uso possível do mesmo.

Apesar de uma defesa clara dos cânones, o autor destaca no final do seu texto que além do conhecimento de autores e obras consagradas também é preciso fazer referência a outros livros  e estimular a sua leitura. Apenas dessa maneira será possível formar o gosto por ou o leitor que quer ler tudo de. Para alcançar esse objetivo é necessário que as bibliotecas escolares tenham um acervo grande e diversificado de obras, que as técnicas de catalogação e armazenagem sejam adequadas e que a escola promova a biblioteca como um lugar de prática cotidiana. Acrescentando-se uma opinião minha, é também necessário que os funcionários da biblioteca estejam realmente capacitados para trabalhar neste local e ajudar os alunos em suas demandas.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Feliz Natal!!!

Tempo de festas chegando e tempo de descansar um pouco e finalmente. Projeto verão deve voltar a ativa amanhã ou quarta. Hoje aproveitei que fui deixar minha prima no aeroporto e passei na biblioteca para pegar um livro que preciso ler... férias parece até piada, mas pelo menos não temos aula e elas só voltam em março (viva a UFMG)

Festa de Natal da família foi ótima, com o típico amigo oculto roubado. Acabei ficando com 2 presentes que levei ... hahaha. Os dias de Natal também foram bons; eu meio sem paciência, mas consegui manejar tudo. Ganhei um dos melhores presentes de Natal ever: ingresso para os estúdios do Harry Potter que deve abrir em abril, na Inglaterra (eu ja desconfiava). Agora não tem mais desculpa, tenho que ir. Amei o presente.

Projeto verão da semana é ler As regras da arte, de Bourdieu (o que fui buscar na biblioteca)

Bom, Feliz Natal pra todos então!!!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Projeto aprovado no COEP!!!

A noticia maravilhosa do dia é que meu projeto foi aprovado no COEP sem nenhuma diligência. Que isso, arrasei hein? Bom, mas considerando-se o tempo que gastei preenchendo formulários e enchendo a paciência de outras pessoas, acho que foi merecido. Sei que ainda preciso escrever outro post sobre o COEP, acrescentando algumas informações importantes, mas to muito satisfeita com o resultado do meu trabalho e com os retornos positivos que tenho recebido sobre o blog.

Hoje também foi meu último encontro desse semestre com minha orientadora. Pra variar eu esqueci um monte de coisas interessantes que pretendia mostrar para ela, mas mesmo assim foi muito produtivo. Estabelecemos um cronograma para os primeiros meses de 2012, e eu achei isso ótimo, pois só funciono dessa maneira. Deadlines são as únicas coisas que me movem; preciso dessa cobrança para me organizar. O projeto férias esta recheado de novas aquisições, mas por enquanto nada deu começar a ler as obras que selecionei. Eu sabia que tinha sido otimista demais quando fiz a programação dessa semana, mas mesmo assim eu estou longe de chegar perto de algo minimamente satisfatório, e esse fim de semana a minha agenda esta lotada.

Enfim, acho que posso e devo me dedicar mais nos próximos meses.

Música: Keep holding on...

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Apresentação de trabalho

Hofe foi a última aula da Lalu e também a apresentação do meu projeto de pesquisa. Fui a última a apresentar e minha apresentação foi boa. Falei sobre a pesquisa, metodologia, alguns referencias, e ainda pude falar sobre a BIJU e tudo que acontece lá referente a minha pesquisa. Fiquei muita feliz da Lalu ter se recordado da minha entrevista para entrar no mestrado, e que na época eu não havia mencionado a BIJU (expliquei a ela que eu ainda não sabia sobre os encontros promovidos lá). A aula foi boa, mas entrar de férias melhor ainda. Férias é quase uma utopia. Hoje o que mais se escutava na sala eram as promessas de leituras que seriam feitas durante as férias, e embora eu não tenha me manifestado, sabia que a carapuça me servia muito bem, a pilha de livros do meu lado que o diga.

Almoço com os amigos no shopping surreal, nunca me diverti tanto.

Musica: I dreamed I dream, Les Miserables

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

"é moleza, hein?"

Gente, é assim que eu me sinto!

Do site posgraduando.com

Singing in the rain

Estou em casa terminando o trabalho da disciplina da Lalu. Ja escrevi 4 páginas, faltam duas e neme stou contando com a bibliografia. O interessante desse meio texto é que ele não tem meio termo: ou esta muito bom ou esta muito ruim (estou preparada para as duas, acredite).

Ta dando ate uma alegria ver mais um semestre terminando. Alegria maior ainda agora que ganharei mais duas companheiras novatas no mestrado; o resultado foi divulgado hoje, mas falta saber quem vai ter a alegria de ter a mesma orientadora que eu (pessoa sortuda essa). Nem acredito que amanhã estarei oficialmente de férias das minhas aulas, e que poderei descansar tudo que mereço. Domingo encontrei minha tia na feira hippie e ela me disse que eu estava com uma cara de cansadinha... pura verdade.

Preciso voltar para o texto 8 ou 80.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Ultima aula com o Brian e o final do semestre chegando

Bom, esta quarta foi a nossa ultima aula com o Brian, pois ele esta voltando para a Inglaterra. Realmente uma pena a gente não ter tido a oportunidade de fazer um lanche de despedida, mas quem sabe na próxima vez? O trabalho final dessa disciplina é para a semana que vem e eu ainda nem comecei. Pra falar a verdade, está bem difícil relacionar meu projeto com etnografia, mas estou com algumas ideias e espero que elas funcionem.

Ontem vi o quadro de horários do próximo semestre na faculdade e fiquei um pouco desapontada... eu me pergunto pq algumas disciplinas são sempre ofertadas nos mesmos horários. Preciso fazer Tendências do pensamento educacional, e não tem nenhuma de manhã, mas tem 3 ou 4 diferentes de tarde. Acho que esta na hora da pós rever essa distribuição, não custa nada ofertar pelo menos uma de manhã. Outra coisa que não entendo é a falta de disciplinas segunda de tarde. Eu sei que é muito complicado montar quadro de disciplina, mas acho que a distribuição poderia melhorar um pouquinho.

Semana passada aprendi a jogar buraco pelo facebook, e isso foi um atraso na minha vida, mas parece que já está controlado. 

Ainda não terminei de ler o livro da Magda Soares sobre letramento, mas vou ter que parar por alguns dias para ler um livro do Rildo Cosson sobre letramento literário. Estou com muita fé de que ele vai me ajudar a fazer o trabalho da minha disciplina.

Estou precisando urgentemente atualizar a parte sobre bibliografia, mas to com uma preguiça enorme de fazer isso.